sábado, fevereiro 26, 2005

Estranha forma de vida

Ultimamente tenho dado por mim a pensar no sentido da vida. Nada de grandes filosofias (para isso é preciso Tempo, e este escoa-se quase sempre por um canal orientado em direcção ao pragmatismo)... Acho que na verdade pensei, antes, naquilo que dá sentido à vida - o insconsciente tem razões que a razão desconhece...
É nisto que dá mudar de rumo, abarcar novos desafios - a engrenagem certinha e oleada que, rotação após rotação, nos conduz para alguma qualquer inevitabilidade que, tivéssemos escolha, nunca sequer ponderaríamos, soluça, insegura na sua precaridade acomodada.
E é nessa altura que olhamos em volta e descobrimos que somos livres de mandar às urtigas o sociologicamente correcto... E que esquema bem montado é este ...mente correcto! Vai-nos guiando ao longo das escolhas importantes e ou difíceis sem nunca hesitar, porque é assim que deve ser.
Só que de repente acordamos um dia e temos vestido um casaco horrível, com um corte indescritível, que não se ajusta especialmente bem nos ombros, torna-nos mais baixos e ainda por cima tem uma cor cinzentona completamente incaracterística... E pensamos, o que raio trago eu vestido? quando é que eu comprei isto?
Cuidado com esses casacos... Eles andam aí...